Biodiversidade


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Biodiversidade Brasileira (fauna/flora)
Abrigando cinco importantes biomas e o maior sistema fluvial do mundo, o Brasil tem a mais rica biota continental do planeta. A consideração de que o Brasil, segundo as estimativas mais conservadoras, abriga 13,2% da biota mundial, rendeu-lhe o título de país megadiverso. Aliás, a diversidade pode ser a marca do Brasil. Com um território que se estende por 8,5 milhões de km2, é o quinto maior país do mundo e ocupa quase a metade de toda a América Latina. Está também entre as nações mais populosas do mundo, com 50 milhões de famílias ou quase 184 milhões de habitantes em 2007 (IBGE, 2008), de origem e culturas variadas, conforme narra a sua história, e onde índios, portugueses, espanhóis, franceses, holandeses, africanos, italianos e alemães, entre outros, são ainda presentes e criam os sotaques do Brasil. Plurais também são as riquezas naturais vindas do seu solo ou subsolo, que atenderam e atendem a muitas necessidades e múltiplos interesses. Os números relativos à perda desse seu patrimônio natural também chamam a atenção. A Mata Atlântica é o bioma mais alterado, do qual restam apenas 27% da sua cobertura original; o Cerrado cede, progressivamente, espaço para a soja e, mais recentemente, para a cana-de-açúcar, de modo que a história parece repetir o ciclo econômico que determinou a devastação da floresta atlântica; e a Amazônia, outrora inacessível, perde a cada ano uma área de floresta que pode ser comparada a um Estado de Sergipe. A Caatinga e o Pantanal, cuja ocupação é dificultada pela dinâmica peculiar de seus ciclos hidrológicos, também dão sinais de profundas modificações em sua paisagem. A principal causa da perda de grandes áreas e, por conseguinte, de espécies - muitas das quais exclusivas dos domínios biogeográficos brasileiros -, ecossistemas e serviços associados, deriva-se do modelo econômico e de ocupação territorial pela população humana. As estatísticas mundiais de extinção de espécies, apesar de haver algumas discordâncias em relação ao número, não são nada confortáveis: entre centenas ou milhares de vezes acima do que é registrado na história dos processos naturais de extinção e o Brasil contribui para esse ritmo. Ainda assim, seguimos com o título de campeões da megadiversidade, o que eleva o grau de responsabilidade do país em assegurar a sua manutenção.
A Constituição Brasileira, promulgada em 5 de outubro de 1988, remete a essa preocupação. Em seu Capítulo VI, referente às questões ambientais, Art. 225, parágrafo 1º, inciso VII, determina como responsabilidade do Poder Público “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais a crueldade”. Reforçando o que está preconizado em sua Constituição, o Brasil é também Parte Contratante da Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB, assinada em junho de 1992, por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD ou Rio-92, na cidade do Rio de Janeiro, e ratificada pelo Congresso Nacional em fevereiro de 1994. São pressupostos dessa Convenção a conservação a utilização sustentável e a repartição justa dos benefícios oriundos dos componentes da biodiversidade. Cabe aqui um parênteses para a definição do termo “Biodiversidade”, a partir do texto que estabeleceu a CDB, no qual biodiversidade diz respeito à “variabilidade de organismos vivos de todas as origens, incluindo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos, e os complexos ecológicos de quefazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e ecossistemas”.
A megadiversidade Brasileira
O Brasil, com sua vasta área de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, ocupaquase a metade da América do Sul, por onde se distribuem várias zonas climáticas:o trópico úmido no norte, o semiárido no nordeste e áreas temperadas ousubtropicais no sul. Conta ainda com um litoral com 8,5 milhões de quilômetros deextensão e uma costa marinha com 4,5 milhões de quilômetros quadrados, alémde um relevo diversificado entre montanhas, depressões, planaltos e planícies.Com essas condições, o País abriga ainda a maior floresta tropical úmida (FlorestaAmazônica), a maior planície inundável (o Pantanal) e a maior ilha fluvial (ilha doBananal) do mundo, além do segundo maior rio (Amazonas), entre várias outrasformações naturais grandiosas e singulares.
Essa variedade reflete-se na riqueza da fauna e da flora brasileiras, tornando oPaís o líder em biodiversidade no mundo. Veja alguns dados dessa liderança:
• Estima-se que o Brasil abrigue entre 1,4 e 2,4 milhões de espécies, uma fração que representa entre 10% e 18% da biodiversidade mundial.
• O País possui a maior flora do planeta, com 55 mil espécies de plantas superiores descritas (22% de todas as que existem no mundo), muitas delas endêmicas. Possui, por exemplo, a maior riqueza de espécies de palmeiras (390 espécies) e de orquídeas (2.300 espécies).
• Embora ocupe a quarta posição em relação a mamíferos, com 524 espécies, o Brasil é o primeiro em número de primatas, com 55 espécies, o que corresponde a 24% do total mundial.
• É também o líder em número de anfíbios, com 516 espécies conhecidas, e de peixes de água doce, com mais de 3 mil espécies.
• Temos entre 10 e 15 milhões de insetos (a grande maioria ainda por ser descrita); e mais de 70 espécies de psitacídeos: araras, papagaios e periquitos.
• Diversas espécies vegetais de importância econômica mundial são origináriasdo Brasil, entre elas o abacaxi, o amendoim, a castanha-do-pará, a mandioca, o caju e a carnaúba.
Os biomas brasileiros
Bioma (bios, vida, e oma, massa ou grupo) refere-se a um conjunto de diferentes ecossistemas ou espaço geográfico que possui características semelhantes em relação ao clima, aspecto da vegetação, solo e altitude. Nele, estão envolvidas as diversas populações de organismos da fauna e da flora, interagindo entre si e com o ambiente físico (ou biótopo), por isso, é comum alguma confusão com o termo biota, que significa apenas a parte viva de um ecossistema, não considerando, portanto, os aspectos geográficos. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1943 pelo botânico norte-americano Frederic Edward Clements, mas sua definição pode variar de autor para autor. Há quem considere 11 biomas em todo o mundo: florestas tropicais úmidas, tundras, desertos árticos, florestas pluviais, subtropicais ou temperadas, bioma mediterrâneo, prados tropicais ou savanas, florestas temperadas de coníferas, desertos quentes,prados temperados, florestas tropicais secas e desertos frios. Existem ainda, ossistemas mistos que combinam características de dois ou mais biomas. No Brasil, adotou-se que o território é ocupado por seis biomas em terra firme e um bioma marinho.
Confira abaixo o mapa dos principais biomas brasileiros:
Amazônia
A maior cobertura florestal do planeta abriga a maior bacia hidrográfica, com 1.100 afluentes, o maior peixe de água doce (o pirarucu, que chega a pesar 250 quilos), uma das maiores serpentes (a sucuri, de até 10 metros) e nada menos do que a perspectiva de reunir um terço das espécies do planeta. Esse gigantismo da biodiversidade reflete-se nos números – 30 mil espécies de plantas e 2.500 tipos de árvores, 25% dos primatas existentes no globo e uma estimativa de mais de 3 mil espécies de peixe de água doce. Das 334 variedades de papagaios existentes no mundo, 70 estão lá. E dos quase 7 milhões de quilômetros quadrados de sua área, 67% está em território brasileiro.
Na Amazônia, os ambientes também se diversificam entre matas de terra firme, várzeas e igapós. Apesar de seu tamanho, trata-se de um bioma muito delicado e frágil, que depende do próprio material orgânico produzido, das condições úmidas do clima e de chuvas abundantes. Qualquer alteração nesses componentes pode afetar seu tênue equilíbrio.
Atualmente, 15% da área original da Floresta Amazônica já foi alterada ou destruída. Embora seja o bioma que mais recebe atenção do mundo, ele é o que se encontra em melhor situação – 23% do território está protegido em diferentes unidades de conservação. A maior delas, o Parque Nacional do Jaú, tem uma área superior ao estado do Sergipe, com quase 23 mil quilômetros quadrados.
As maiores ameaças à Amazônia vêm do desmatamento, seja pela extração damadeira (estima-se que a floresta estoque 60 bilhões de metros cúbicos), como pela conversão de áreas em terras agrícolas, embora os números venham caindo nos últimos anos. Durante a COP-10, o governo brasileiro pretende apresentar uma queda oficial de 75% no desmatamento nos últimos anos – índice, no entanto, difícil de ser comprovado, segundo ambientalistas, pelas mudanças na metodologia de aferição.
Cerrado
É o segundo maior bioma do País, com pouco mais de 2 milhões de quilômetros quadrados e ocupa 24% do território brasileiro, abrangendo dez estados do BrasilCentral. O Cerrado é considerado a maior savana da América do Sul e também a mais rica em biodiversidade do mundo, incluindo diversos tipos de formações vegetais, inclusive florestas. A estimativa é de que haja 10 mil espécies de plantas, das quais 4,4 mil são endêmicas, ou seja, só existem lá, além de cerca de 800 espécies de aves, 195 de mamífero e 180 de répteis. Apenas na área do Distrito Federal já foram descritas 90 espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500espécies de abelhas e vespas.
Curiosamente, a rica vegetação arbustiva e arbórea do Cerrado desenvolveu-secom troncos tortuosos, de baixo porte, com ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas. Isso não é consequência da falta d’água, pois essas espécies se adaptaram desenvolvendo raízes profundas que chegam a 20 metros de comprimento para atingir o lençol freático, mas em razão dos solos muito antigos, ácidos e com desequilíbrios no teor de nutrientes, como excesso de alumínio. Esse aspecto que as fazem rústicas também a tornam mais resistentes ao fogo, pois são comuns os incêndios no período de estiagem – o clima do Cerrado é estacional, dividido entre um período chuvoso, de outubro a março, e outro seco, de abril a setembro.
Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro mais modificado e ameaçado. A destruição começou a partir da construção de Brasília, na década de 1950, e intensificou-se com a nova fronteira agrícola, criada a partir da década de 1970 – hoje 58% da produção de soja do País vem da região. A agropecuária é a principal causa de pressão sobre o Cerrado, seguido das queimadas e da produção de carvão vegetal, que representa 80% do consumo nacional. No total, o Cerrado tem 14 mil quilômetros quadrados degradados por ano. Segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite, do Ministério do Meio Ambiente, cerca de 50% do bioma já estava desmatado em 2008. Apenas 20% de seu território ainda está totalmente intacto e só 6,4% se encontra protegido.
Mata Atlântica
Após séculos de exploração desenfreada, desde a época dos portugueses com o pau-brasil, o bioma que correspondia a 15% do território brasileiro, estendendo-se do Rio Grande do Sul ao Piauí, resume-se atualmente a 7% de sua área original, totalmente fragmentado. Mesmo assim, as áreas remanescentes ainda guardam enorme biodiversidade, o que faz da Mata Atlântica um dos principais hotspots do planeta. Em apenas um hectare de floresta já foram encontradas 467espécies de árvores – um recorde mundial de diversidade. Por sua extensão no território brasileiro, a Mata Atlântica é um bioma composto de vários ecossistemas interligados, formado por faixas litorâneas, florestas de baixada, matas interioranas e campos de altitude, que abrigam 260 espécies de mamíferos, além de 300 de répteis, 450 de anfíbios e 350 de peixes, todas com alto nível de endemismo. Muitas espécies, no entanto, encontram-se em processo crítico de extinção.
Depois de um processo de desmatamento que atravessou os ciclos da cana-de-açúcar, do ouro, da produção de carvão vegetal, da extração de madeira, da plantação de cafezais e pastagens, da produção de papel e celulose, do estabelecimento de assentamentos de colonos, da construção de rodovias e barragens, as principais ameaças ao que sobrou da Mata Atlântica vêm das pressões urbanas das maiores capitais do País, como São Paulo, Rio de Janeiro, por meio de ocupações irregulares. Apenas 2% das áreas remanescentes do bioma estão sob proteção integral, como o Parque Nacional da Tijuca (com 33 km²) e o Parque Estadual da Pedra Branca (125 km²), ambos no Rio de Janeiro.
Pantanal
Considerada a maior planície de inundação contínua do planeta, o Pantanal também está entre as regiões mais ricas em biodiversidade – são pelo menos 3.500espécies de plantas, 463 de aves, 124 de mamíferos, 177 de répteis, 41 de anfíbiose 325 espécies de peixes de água doce, segundo a Conservação Internacional. Essa imensa variedade ainda pouco conhecida que se espalha por 210 mil quilômetros quadrados (140 mil em território brasileiro) pode ser explicada pela sua posição geográfica: no coração da América do Sul, o Pantanal funciona como elo entre o Cerrado, no Brasil Central; a Amazônia, ao norte; e o Chaco, na Bolívia, reunindo ecossistemas terrestres, aquáticos e semiaquáticos, e também pela dinâmica das águas, essencial para o equilíbrio de todo o bioma. No verão, as chuvas elevam os rios, que chegam a cobrir dois terços da área pantaneira. Em março, nas vazantes, os terrenos ressurgem fertilizados. É o momento de alimentação abundante, quando milhares de peixes ficam represados nas pequenas lagoas formadas.
Considerado uma das 37 últimas Grandes Regiões Naturais da Terra, o Pantanal é o bioma brasileiro mais bem preservado, com 70% de sua vegetação ainda original. As inundações e a baixa fertilidade do solo evitaram a ocupação humana e a pressão da fronteira agrícola. Com uma densidade populacional ainda baixa – de 5hab/km², suas principais ameaças são o desmatamento no Cerrado, onde se originam diversos rios que abastecem a planície, a pecuária, a pesca e o turismo sem controle.
Caatinga
Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga ocupa quase 10% do território nacional. Popularizada nas imagens áridas do sertão nordestino, de solo pedregosoe vegetação lenhosa e espinhosa, ela abriga também uma rica biodiversidade, que contrasta pela diversidade de cores da flora. Ao todo, são quase mil espécies de plantas descritas, 318 endêmicas. Com poucas chuvas – entre 300 e 800 milímetros anualmente – e uma temperatura do solo que pode chegar aos 60 °C, os répteis destacam-se na região. São 40 espécies de lagartos, 7 de anfisbenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 de serpentes e 4 espécies de quelônios. No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas “ilhas de umidade” e solos férteis. São os chamados brejos, que quebram a monotonia das condições físicas e geológicas dos sertões. Nessas ilhas é possível produzir quase todos os alimentos e frutas peculiares aos trópicos do mundo. Essas áreas normalmente localizam-se próximas às serras, onde a quantidade de chuvas é maior.
Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, cerca de 80%, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo.
Pampa
O segundo menor bioma brasileiro ocupa apenas 2% do território nacional, em umaárea de pouco mais de 200 quilômetros quadrados, que extrapola fronteiras como Uruguai e a Argentina. Os Campos Sulinos ou Pampa, como é o termo indígena para “região plana”, também se destaca pela sua biodiversidade. Composto por longas planícies, banhados e os campos altos, e marcado pelo clima subtropical, com temperaturas mais amenas que o restante do País, estima-se que ele abriguecerca de 3 mil espécies de plantas, 385 de aves e 90 de mamíferos.Pela riqueza do solo, é também um dos biomas mais ameaçados pela agricultura e pecuária – 53% de sua extensão já foi alterada, dando lugar a pastagens e terras agrícolas para o plantio de soja, milho, arroz, trigo e eucalipto. As pastagens são, em sua maioria, utilizadas sem grandes preocupações com a recuperação e a manutenção da vegetação. Em função do uso intenso e inadequado do solo, sem planejamento, algumas áreas já apresentam sinais de desertificação. Comonão apresenta grandes formações florestais, o Pampa nunca foi consideradoárea prioritária para a conservação ambiental. Apenas 2,6% de seu territórioestá protegido por lei.
Zona Costeira e Marinha
Com mais de 8.500 quilômetros de extensão, a costa brasileira, uma das maioresdo mundo, é composta de inúmeros ecossistemas interligados – dunas, falésias,mangues, praias, recifes, ilhas, baías, costões rochosos e estuários. O bioma incluiainda o mar territorial brasileiro, com 12 milhas náuticas de largura, mais a ZonaEconômica Exclusiva, que vai até 200 milhas da costa, a maioria situada noAtlântico Sul, mas que compreende também uma parte do Mar do Caribe. Esseespaço ganhou mais 900 mil quilômetros quadrados, depois que a Convençãodas Nações Unidas sobre os Direitos do Mar (CNUDM) acatou o pedido brasileiro.Ou seja, compreende hoje 4,5 milhões de quilômetros quadrados – praticamente50% do espaço territorial terrestre. Pelo tamanho da área e a grande diversidadede espécies (a maior parte ainda desconhecida), este bioma também passou aser chamado de Amazônia Azul. Apenas na região do arquipélago de Abrolhos,conhecida pelos famosos corais-cérebro, foram registradas 1,3 mil espécies: 266de peixes, 100 de algas, 535 de crustáceos e 293 de moluscos.
Embora não exista “desmatamento oceânico”, a zona costeira e marinhabrasileira, que assume 95% do transporte do comércio exterior, encontra-sefortemente ameaçada pela pressão urbana (a maior densidade populacional estána costa, com 87 hab/km²), responsável pela poluição e ocupação irregular dosecossistemas, além da exploração excessiva dos recursos pesqueiros marinhos –80% deles estão ameaçados. Apenas 0,72% de sua área está protegida porunidades de conservação.
Nosso território

O Brasil é responsável pela gestão do maior patrimônio de biodiversidade do mundo. São mais de 120 mil espécies de animais que ocorrem no território nacional, das quais 627 estão listadas como ameaçadas de extinção. Evitar o aumento do número de espécies ameaçadas de extinção e preservar as já ameaçadas é uma obrigação do poder público e da sociedade, segundo estabelecido pela Constituição Federal, artigo no 225.
A vegetação brasileira/flora
A vegetação participa da biodiversidade do nosso planeta. São muitas as aplicações dos vegetais na alimentação, medicina, vestuário, habitação e na atividade industrial. É um hábito antigo do homem fazer uso das plantas. Com o passar do tempo, acabamos descobrindo que muitos vegetais, além de atenderem às nossas necessidades básicas de alimentação e de abrigo, podiam também ser utilizados para curar doenças. Com os avanços tecnológicos, passamos a usar mais e mais substâncias medicinais vindas dos vegetais, trazendo novas oportunidades de cura e melhoria da nossa qualidade de vida. Veja alguns produtos que os vegetais podem nos dar:
Madeira: A madeira é usada nas construções, na fabricação de embarcações, na carpintaria e marcenaria (móveis, embalagens, torneados, cabos de ferramentas), na confecção de materiais esportivos, de instrumentos musicais e para decoração em geral. Hoje em dia sabemos que a derrubada de árvores deve ser fiscalizada, pois por causa da falta de controle, muitas espécies que forneciam madeiras belas talvez nem existam mais num futuro próximo. As madeiras mais utilizadas são da cumarurana, da cana-brava, do jatobá, da carnaúba e do ipê-amarelo.
Fibra: A fibra é extraída de diversas plantas e utilizada no artesanato (de cestos, chapéus, peneiras) e na fabricação de tecidos, redes, cordoaria e tapetes. É extraída da carnaúba, do jatobá, do olho-de-boi, do cipó-de-beira-mar, do cipó-de-canoa.
Celulose: É o principal formador da fibra e sai principalmente da polpa da madeira para a composição do papel. A celulose é extraída da carnaúba, da timbaúba, do ipê-amarelo, do umbu, da fruta-de-cutia.
Óleos essenciais: Os óleos essenciais são também chamados de óleos voláteis e saem das plantas aromáticas como amburana, capim-limão, canela-silvestre, babaçu, pau-rosa e caju. Têm sabor e aroma agradáveis, por isso com essas plantas fabricamos perfumes e produtos de beleza. Na fabricação dos remédios e do fumo os vegetais também dão o sabor.
Alimentos: Como alimento humano, cada vez mais espécies de vegetais vão sendo introduzidas na nossa agricultura e passam a ser utilizadas na nossa alimentação. A maior parte dos vegetais também serve de alimento para os animais. Comer alimentos de origem vegetal é muito importante para nossa saúde. Milho, caju, mangaba, babaçu, tamarindo, macaxeira e amendoim são alguns exemplos.
Vegetais tóxicos: É chamado de tóxico o vegetal que tem uma substância que envenena. Ele é útil na fabricação de remédios para matar insetos, ratos e carrapatos.
Fármacos: Os fármacos são os vegetais utilizados para fabricar remédios e podem ser extraídos de qualquer parte da planta. Alguns vegetais que fornecem substâncias para a produção de fármacos: a cabreúva, o anjico-branco, a erva-pombinha, a lágrima-de-jó, o jacarandá.
Fauna
É conjunto das espécies animais. Cada animal é adaptado ao tipo de vegetação, clima e relevo da região onde vive. O Brasil possui uma fauna muito diversificada. Somos o país da América do Sul com a maior diversidade de aves. Alguns dos animais da fauna brasileira não existem em outra parte do mundo. Mas toda essa diversidade não significa abundância de espécies, principalmente porque o desmatamento das florestas, a poluição das águas, o comércio ilegal de animais e a caça predatória são fatores que vêm exterminando muitos animais e diminuindo a riqueza de nossa fauna.
Um problema grave para a fauna do Brasil: novas espécies estão sendo descobertas e imediatamente consideradas ameaçadas de extinção. O mico-leão-caissara, o bicudinho-do-brejo e a ararinha-azul são exemplos de animais que em breve poderão deixar de existir. Vale lembrar que todas as espécies têm grande importância para os ecossistemas naturais e basta a extinção de uma delas para que graves desequilíbrios ocorram no meio ambiente.

Tráfico Ilegal

A utilização de recursos silvestres ainda é objeto do tráfico ilegal, que ocupa a terceira maior atividade ilegal no campo mundial, somente perdendo para o tráfico de drogas e o de armas, movimentando de 10 a 20 milhões de dólares por ano, sendo que o Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total mundial. A existência do tráfico ilegal da fauna e da flora silvestre ainda é umas principais causas à perda da biodiversidade.
Segundo o relatório, publicado em 2001 pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres - RENCTAS, apesar de regulamentado o comércio, o tráfico ilegal ainda retrata um dos principais problemas da atualidade. De modo que, ainda hoje é fácil de se encontrar animais, suas partes e produtos sendo comercializados sem qualquer legalidade ou cuidado com a espécie. No Brasil, a questão do tráfico ilegal é preocupante, haja vista ser um dos países mais requisitados quando da procura por fauna e flora silvestres. Além disso, importante ressaltar que, a atitude da sociedade perante toda essa irregularidade, é a de impunidade, de forma que é comum a permanência de feiras, lojas irregulares e criadouros clandestinos, que tão somente encoraja o comércio ilegal. A legislação brasileira proíbe retirar um animal diretamente de seu habitat e comercializar. Assim, somente pode fazer parte do comércio quando vindo de cativeiro legalizado; contudo, em um país grande como é o Brasil, ainda não há um grau expressivo de incentivos à formalização de cativeiros em comparação à grande busca que se tem pela fauna exótica silvestre.
Ademais, a característica de o mercado não estar plenamente desenvolvido abrange desde a falta de incentivos suficientes por parte do Estado, para a criação de criadouros, conscientização da gravidade que isso opera, e para a impunidade que se tem diante de tal atividade. E isso somente agrava as condições de combate ao tráfico ilegal de fauna e flora silvestre. Dentre os principais tipos de tráfico estão a coleta de animais para colecionadores particulares e zoológicos, este talvez seja o mais cruel, pois prioriza as espécies mais ameaçadas; animais para fins científicos, que servem como base para pesquisa e produção de medicamentos; animais para pet shop, e produtos de fauna, como couro, peles, penas, garras, e etc, que são muito utilizados para fabricar adornos e artesanatos, cujas espécies envolvidas variam de acordo com os costumes e a moda. Uma das piores realidades que se enfrenta são as condições de tratamento dos animais. Apesar de existirem técnicas de manejo e transporte adequadas às espécies, os animais são confinados em pouco espaço, sem água e alimento, onde se estressam, se mutilam e se matam. Além da ingestão de bebidas alcoólicas, muitas vezes os animais são submetidos a práticas cruéis que visam a amortecer suas reações e fazê-los parecer mais mansos ao comprador e chamar menos atenção da fiscalização. Estima-se que dentre cada dez espécimes traficados, nove morrem antes de chegar ao seu destino.
As aves são um dos animais mais encontrados no comércio ilegal, tanto o animal vivo, como mortos, para a retirada de suas penas, couros, ovos e outras partes. Outra grande demanda é a pele de répteis como crocodilos, cobras e lagartos, que são muito utilizadas para diversos artigos: sapatos, bolsas, roupas, malas, pulseiras de relógio, cintos e outros, sem falar da procura para animais de estimação exótica. Os peixes de aquário também são muito populares, inclusive nos Estados Unidos. Os americanos mantêm cerca de 340 a 500 milhões de peixes, cujo comércio movimenta pelo menos US$ 215 milhões por ano. É estimado que o mercado mundial para peixes de aquário movimente US$ 600 milhões; e ainda vem crescendo cerca de 10% a 15% anualmente.

No âmbito da flora, o foco do tráfico ilegal está principalmente no mercado de madeira, realça a The Wildlife Trade Monitoring Network - TRAFFIC, organismo junto ao WWF, e ao The World Conservation Union - IUCN, criada principalmente para assistir na implementação da CITES, no TrafficBulletin, boletim publicado em outubro de 2005, que a atividade legal de comercialização da madeira perde milhões de dólares em razão do contínuo e acentuado tráfico ilegal de madeiras.A título ilustrativo, na fronteira com o Peru, a fiscalização brasileira combateu a extração ilegal de mogno, espécie de madeira arrolada no anexo II da CITES, e de outras madeiras nobres; entre a Bolívia e o Mato Grosso do Sul, as equipes embargaram empresas envolvidas no contrabando de aroeira, árvore de corte proibido no Brasil, e na faixa de fronteira com o Mato Grosso, as operações se concentraram na atuação de empresas por extração ilegal de minérios e madeira. E juntamente com os crimes ambientais, destaca-se, também se confronta com os traficantes de drogas e armas e até mesmo de agrotóxicos e pneus, principalmente nas fronteiras com o Paraguai, Argentina e Uruguai.
O comércio ilegal está associado a problemas culturais, de educação, pobreza, falta de opções econômicas, pelo desejo de lucro fácil e rápido, e por status e satisfação pessoal de manter animais silvestres como de estimação. Envolve várias atividades fraudulentas, de forma que um tipo de fraude é detectado, outro já está emergindo, podendo, contudo, diferenciar duas principais categorias: o contrabando e o uso de documentos legais para cobrir coisas ilegais ou de documentos falsos. No tráfico ilegal os contrabandistas agem em áreas de difícil patrulhamento, a exemplo de fronteiras em áreas montanhosas ou em florestas densas. O transporte se dá desde carros, roupas, malas, até containers, que são muito utilizados por não serem frequentemente checados, devido ao grande movimento nos principais portos do país. O uso de documentos legais para encobrir produtos ilegais também é frequente, assim como a transformação dos animais para parecerem outros, que não estariam arrolados na CITES, por exemplo. A dificuldade que se tem em conter o tráfico ilegal de recursos silvestres é alarmante. Entre os principais motivos do aumento dessa atividade ilegal se materializam também no fato de que o tráfico de drogas é cada vez mais arriscado, e o tráfico de fauna silvestre possui menor risco e quase igual lucro para o traficante, cuja atividade é facilitada também, diante da visão benigna do comércio ilegal da fauna e flora, enquanto crime, por parte da polícia, alfândegas e autoridades judiciais. Outro problema consiste na dificuldade de uma correta identificação da fauna ou flora objeto do comércio internacional, de difícil ou quase impossível identificação para um funcionário aduaneiro, de forma que, para o traficante é fácil exportar uma arara ou um papagaio ameaçado de extinção com uma denominação de espécie cuja exportação é permitida.
O tráfico ilegal reflete negativamente em termos sanitários, econômicos e ecológicos. Sanitários por que quando os animais são comercializados ilegalmente, não passam por qualquer controle sanitário, podendo transmitir doenças graves que vão desde a febre amarela, raiva até mesmo tuberculose e doenças desconhecidas. Na década de 70, por exemplo, um surto da bactéria Salmonella ocorreu nos EUA e foi relacionado com a manutenção de tartarugas como animais de estimação.

Há conseqüências econômicas também, pois a atividade legalizada existente é prejudicada, até mesmo a conservação do recurso é afetada negativamente. O comércio ilegal cujos métodos não possuem quaisquer critérios regulamentados aptos para a preservação do animal, além da crueldade com que são tratados, contribui para a ameaça a sua extinção, pois a intensa pressão que se coloca nos animais é difícil de se suportar, pois, não se respeita sequer as suas condições de vida e de reprodução.Entendida a consciência de que são a fauna e a flora recursos indispensáveis e insubstituíveis para a composição equilibrada do meio ambiente, e a sua função em termos econômicos e sociais de desenvolvimento, buscando regulamentar o comércio internacional da fauna e da flora silvestres diante da inevitável e pertinente demanda do mercado, a efetividade da CITES corresponde a um instrumento de combate ao tráfico ilegal. A coibição do tráfico ilegal pela implementação da CITES se dá diante do pretexto de que a Convenção permite e implementa uma opção de continuidade da atividade, pelo uso sustentável do recurso. Regula e monitora o comércio internacional das espécies mais almejadas, buscando conservar as condições de sobrevivência e funcionalidade, por meio de estudos do impacto ambiental. Excelente exemplo se tem com a situação das orquídeas hoje: as orquídeas são plantas muito visadas pelo mundo todo, de forma que todas as espécies que existem no Brasil estão na CITES, e a legislação brasileira só permite a comercialização de orquídeas, quando forem reproduzidas artificialmente, ou seja, de laboratório, e por causa da legislação interna, por que a CITES permite o comércio de plantas silvestre, não entrou nenhuma em extinção. O resultado da implementação da regulamentação do comércio da fauna e da flora corrobora, portanto, dois aspectos principais que, inclusive, se complementam: a preservação das espécies e de sua função ecológica, permitindo a continuidade da capacitação dos ecossistemas e evitando, com isso o enfraquecimento desses, bem como o consequente desequilíbrio ecológico; e a continuidade da atividade, pela conservação de seu recurso base, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, em seus aspectos sociais e econômicos.
Conclusão
A estrutura brasileira ainda é insuficiente no que se refere à efetiva proteção da fauna e daflora no campo comercial. É necessário um maior incentivo na regulamentação de toda aatividade, propiciando uma maior segurança jurídica e ambiental na emissão da licença, e naefetiva atuação da fiscalização, na identificação dos produtos nos portos e aeroportos dopaís.
Contudo, haja vista a atuação do IBAMA, na implementação do GT-CITES, bem como naexpansão dos CETAS, e na atuação da polícia federal, identificando cada vez mais osmecanismos utilizados pelos traficantes, se percebe toda uma integração e movimentaçãofundamentada na conscientização da relevância da conservação da biodiversidade.
Todavia, outras mudanças ainda se fazem necessárias, como oincentivo à implementação de criadouros, para que se tenha no contexto brasileiro ummercado expressivo e capaz de comportar toda a demanda que impõe o campointernacional para a manutenção da atividade pela CITES, bem como uma conscientizaçãomais efetiva por parte da sociedade, e uma revisão da legislação pertinente à punição dosinfratores para uma maior sensibilidade na identificação da gravidade que consiste umaconduta contra o meio ambiente.Em que pese, ainda que se tenha toda uma previsão legal e atuação do Estado,regulamentando todo o procedimento interno até a comercialização internacionalpropriamente dita, é importante que a sociedade se conscientize da necessidade daconservação ambiental, e da relevância da conduta de cada indivíduo para a efetivaçãodessa proteção em todas as etapas da atividade.
Nesse sentido, conscientes da necessidade da conservação ambiental, se haveria umamaior coibição por parte da sociedade do tráfico ilegal, pois sequer admitiriam feiras ecriadouros ilegais, ou comprariam produtos de origens duvidosas. Dessa forma, se percebea importância da conscientização e mobilização da sociedade, pois do contrário, de nadaadianta todo um incentivo e atuação por parte do governo, se a coletividade não cumpre enão exige a atividade legalizada e adequada com a conservação ambiental pertinente.

Quiz/Curiosidades:
Você sabia que...
1-A Mata Atlântica é o bioma mais alterado, do qual restam apenas 27% da sua cobertura original.                                                                                                                                                                         Fonte: www.mma.gov.br/estruturas/sbf2008_dcbio/_publicacao/147_publicacao31032009115621.pdf
2- O Brasil é o segundo país com maiores áreas devastado em todo o mundo, perdendo apenas para a China que é o primeiro país.Fonte: http://defensoresdanatureza.com.br/page/3
3- O comércio ilegal de animais silvestres é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas.Fonte: Revista Fama Amazônica. Disponível em: http://famaamazonica.com/acontece/363-comercio-ilegal-de-animais-silvestrs-e-crime.html
4- Aproximadamente 15% da floresta amazônica original já foi destruída e o Governo estima que esse percentual chegue a 25% até 2020.http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_amazonia/curiosidades_amazonia/
5- Embora não exista “desmatamento oceânico”, a zona costeira e marinha brasileira, que assume 95% do transporte do comércio exterior, encontra-se fortemente ameaçada pela pressão urbana , responsável pela poluição e ocupação irregular dos ecossistemas, além da exploração excessiva dos recursos pesqueiros marinhos. Apenas 0,72% de sua área está protegida por unidades de conservação.                                                                                          Fonte: http://www.cursobiodiversidade.com.br/aulas/WP_Megadiverso_revisado.pdf)
6- O Pantanal é a maior área alagável das Américas. Seu cenário frequentemente confundido com o do pântano se diferencia pelo ciclo de cheias e secas da região.Fonte: SEMAD (Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) Disponível em:http://200.198.22.171/pesquisa_curiosidades.asp
7- Você sabia que a Mata Atlântica e todas as florestas do mundo tem seus próprios mascotes para campanhas de preservação? A conservação internacional elege uma ou mais espécies de animais característicos de cada floresta, esses animais passam a ser conhecidos como espécies bandeira, ou seja, assim como uma bandeira simboliza um país a espécie bandeira representará aquela região florestal. Os animais bandeira da Mata Atlântica são: Mico Leão Dourado, Mico Leão de cara dourada, Mico Leão Preto, Mico leão de cara preta, e duas espécies de Muriquis, os maiores macacos da América, que infelizmente estão quase instintos.                Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/index.shtml (Vídeo: Os mascotes da Mata Atlântica)
8- O Parque Nacional do Jaú, criado em 1986, é o terceiro maior parque de floresta tropical do mundo, com área total superior à do estado de Sergipe (22.720 km2).
Fonte: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_amazonia/curiosidades_amazonia/
9- A vazão do Amazonas corresponde a 20% da vazão conjunta de todos os rios da terra.Fonte:http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_amazonia/curiosidades_amazonia/
10- O maior animal da Amazônia é o peixe-boi, que pode atingir o peso de meia tonelada, com 3 metros de comprimento.Fonte: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_amazonia/curiosidades_amazonia/
11- Os métodos tradicionais de extração de madeira causam grande desperdício de árvores com valor comercial para cada árvore extraída. O manejo florestal reduz a perda em quase 50%.                                                                                                                                                               Fonte: http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/bioma_amazonia/curiosidades_amazonia/


Perguntas:
O que é Biodiversidade?
Biodiversidade ou “diversidade biológica” é definida como a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; envolve ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. Trata-se portanto, de todas as formas de vida e também de sal variação genética, além dos meios e cadeias em que estão inseridas.
Quais são os biomas brasileiros?
No Brasil, adotou-se que o território é ocupado por seis biomas em terra firme e um bioma marinho: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga, Pampa e Zona Costeira e Marinha. Os quatro primeiros estão entre os mais ricos em biodiversidade do planeta.
Quais são as principais causas da extinção de espécies?
O desmatamento e degradação de ambientes naturais, o avanço da fronteira agrícola, a caça de subsistência, caça predatória, a venda de produtos e animais procedentes da caça, apanha ou captura ilegais (tráfico) na natureza, intrução de espécies exóticas em território nacional são fatores que participam de forma efetiva do processo de extinção, que vem crescendo nas últimas décadas a medida que a população cresce e os índices de pobreza aumentam.
O que são serviços ambientais e como influem na nossa vida?
A biodiversidade não só permite a nossa existência como nos beneficia com seus produtos e “serviços ecossistêmicos”, ou “serviços ambientais”. Os ecossistemas contribuem, por exemplo, para regular o clima por meio do armazenamento de carbono e do controle da quantidade de chuvas locais. A decomposição de matéria orgânica por micro-organismos e a fotossíntese de plantas e algas, que libera oxigênio na atmosfera, são outros exemplos. A degradação ambiental também é apontada como culpada de um quarto das mortes ou invalidez por doença infecciosa no mundo.
Quais consequências diretas podem levar a perda da Biodiversidade?
As consequências da retirada da cobertura vegetal original são principalmente a perda da biodiversidade (Conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes em determinada região), degradação do solo e o aumento do processo de desertificação (Transformação de uma região em deserto), erosões, mudanças climáticas e na hidrografia
Quais são as principais rotas do tráfico de animais no Brasil?
A maioria dos animais silvestres é capturada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Mas a principal rota de transporte desses animais está no sentido da região Nordeste para a Sudeste. Há verdadeiras redes organizadas para enganar a fiscalização existente nas principais rodovias do país. Essas redes agem de forma que os animais sejam transportados por até 3.000 quilômetros de distância sem que os traficantes sejam descobertos. A maior parte do público consumidor está no Rio de Janeiro e em São Paulo
Como se mede o risco de extinção dos animais?
As chamadas “listas vermelhas” trazem, periodicamente, as espécies classificadas por seu risco de extinção, como criticamente ameaçada, ameaçada, vulnerável, quase ameaçada e de menor risco, além de extintas e aquelas cujos dados são insuficientes.
Quais são os principais ecossistemas brasileiros?
Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrados, Caatinga, Campos, Pantanal, Restingas e Manguezais.
O que é um Hotspot, quais são considerados os mais importantes no Brasil?
Denominam-se hotspots – pontos quentes – as regiões biologicamente ricas do Planeta e que estejam com suas áreas em estado de risco.Hotspot é todo o local com alto nível de biodiversidade e com 75% ou mais da sua vegetação destruída. No Brasil a Mata Atlântica e o Cerrado configuram os dois Hotspots mais importantes.



Imagens:
http://ecobarreto.blogspot.com.br/2008/09/biodiversidade-um-assunto-global.html

http://www.mundodastribos.com/animais-ameacados-de-extincao-no-brasil.html
http://eptv.globo.com/terradagente/0,0,2,604;4,bicudinho-do-brejo.aspx


http://eptv.globo.com/terradagente/0,0,2,3;4,arara-azul-grande.aspx
http://eptv.globo.com/terradagente/0,0,2,95;16,jacare-de-papo-amarelo.aspx
http://eptv.globo.com/terradagente/0,0,2,226;16,tartaruga-da-amazonia.aspx
http://criancas.uol.com.br/album/animais_ameacados_extincao_album.jhtm#fotoNav=1

http://naturezaecologica.com/tag/biodiversidade/

http://blog.physissda.com.br/2011/04/biodiversidade-e-esfregao-natural.html

http://meioambiente.culturamix.com/natureza/o-cerrado-brasileiro
http://assets.wwf.org.br.wwf-web-1.bluegecko.net/img/original/06_tamandua_bandeira.jpg
http://assets.wwf.org.br.wwf-web-1.bluegecko.net/img/original/02_sete_lagoas.jpg
http://assets.wwf.org.br.wwf-web-1.bluegecko.net/img/original/05_revoada.jpg
http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/2010/10/biodiversidade-marinha-na-zona-costeira.html
http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=3329
http://namoscaro.blogspot.com.br/2010/10/imagens-da-amazonia-brasileira.html


Bibliografia:
Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.  Disponível em: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE http://www.mma.gov.br/estruturas/sbf2008_dcbio/_publicacao/147_publicacao31032009115621.pdf
BRASIL LÍDER MEGA DIVERSO. NationalGeograph Brasil & Planeta sustentável apresentam: CURSOS BIODIVERSIDADE. Disponível em: http://www.cursobiodiversidade.com.br/aulas/WP_Megadiverso_revisado.PDF
WWF – Brasil www.wwf.org.br
ICMBio Instituto Chico Mendes MMA.  http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira
IBGE.http://www.ibge.gov.br/7a12/conhecer_brasil/default.php?id_tema_menu=1&id_tema_submenu=3
Revista Jurídica: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/revistajuridica/index.htmGabriela Garcia Batista Lima.Artigo: A conservação de fauna e da flora silvestres no Brasil: A questão do tráfico ilegal de plantas e animais silvestres e o desenvolvimento sustentável.

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